
Diz a nota, citando o presidente da Associação Internacional de Editoras, que “Ao invés de promover o modelo brasileiro, a delegação está tomando uma posição extrema contra editoras e contra os direitos autorais”. Se esta citação corresponde realmente aos fatos, causa-nos perplexidade e indignação. Tal postura caminha em sentido contrário àquilo que vem sendo manifestado pela Ministra da Cultura em seus pronunciamentos em defesa do artista criador, nos quais temos confiado e apoiado publicamente. Que representatividade pode ter uma delegação que, segundo a informação publicada, contraria tanto a posição do ministério quanto a dos autores?
Reiteramos nosso apoio à Ministra Ana de Hollanda e à defesa dos Direitos Autorais, e nos colocamos ao lado do IPA (International Publishers Association), no que se refere à manutenção das leis de direitos autorais e aos projetos de ampliação ao acesso à leitura de pessoas com deficiência visual, projetos de que nós, como autores, temos participado ativamente.
Pedimos esclarecimentos quanto à composição desta delegação e detalhes sobre seu posicionamento na WIPO. Ressaltamos ainda que, caso os pontos defendidos pela delegação brasileira em Genebra sejam realmente opostos àqueles que vêm sendo discutidos com o MinC, nossa associação reserva-se o direito de não reconhecer a representatividade da referida delegação. Solicitamos também as providências necessárias à correção de rumos, ou seja, que o posicionamento adotado pela delegação seja coerente com aquele que tem sido expressado pelo Ministério da Cultura.
Atenciosamente,
Anna Claudia Ramos
Presidente
Maurício Veneza
Vice-presidente
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