quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Vice-versa de São Paulo

Visitem! Vale a pena o bate-papo entre os escritores Regina Drummond e Marciano Vasques.

Trecho:

"Marciano - A riqueza da Literatura Infantil em suas múltiplas possibilidades é ampla e às vezes curiosamente insondável numa leitura desatenta ou de olhar de carência semântica. Todos os saberes transformam-se em caminhos florestais, em travessias em rios e ritos, e tudo está lá. A ética, a possibilidade de felicidade, o ato heróico...Tem gente que professa doutoralmente que é uma literatura menor. Que diria num debate em que surgisse esse modo de pensar a Literatura Infantil?

Regina - Acredito que este seja um pensamento antigo e um tanto fora de moda, mas, se for o caso de alguém expressar esta opinião num debate em que eu esteja presente, eu sugeriria a esta pessoa que tentasse escrever um livro para crianças ou mesmo “apenas” contar uma história.
Livros com poucas páginas e muitas ilustrações parecem mais simples do que escrever um bom calhamaço de 800 páginas, por exemplo, e é mesmo verdade que as pessoas não imaginam o trabalho que dá fazer um “livrinho” com duas laudas de texto, confundindo complexidade com número de palavras ou tempo de escrita com tempo de geração. Nunca fica claro o quanto dizer o que se pretende com o menor número de palavras possível é um desafio – ainda maior se você estiver falando com aquelas pessoinhas adoráveis, mas que têm outra maneira de ver o mundo..."


Fonte: blogue da AEILIJ, aqui, ó!

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