domingo, 8 de dezembro de 2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
sábado, 2 de novembro de 2013
Tecendo Histórias, Traçando Ideias na 59ª Feira do Livro
O Projeto Tecendo Histórias, Traçando Ideias, que contou com a parceria, entre outras, da AEILIJ -Regional RS, tem o encerramento no Museu Hipólito José da Costa, com mostra do trabalho desenvolvido em 11 escolas estaduais, desde março deste ano.
A mostra estará aberta ao público até o dia 17, data de encerramento da Feira.
Fica o convite e nossos agradecimentos a todos, em especial, a nossos escritores e ilustradores que colaboraram com livros, ilustrações, visitas e contatos nas escolas.
Ainda um especial agradecimento a 1ª CRE, na pessoa da Assessora Pedagógica, nossa associada Patrícia Langlois, que foi incansável no planejamento e execução do Projeto Tecendo Histórias, Traçando Ideias.
Parabéns aos que chegaram até aqui e o nosso desejo de que haja continuidade do Projeto para o próximo ano.
Jacira Fagundes
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
MEU PRIMEIRO LIVRO na Feira
O painel – Meu Primeiro Livro – refere-se essencialmente à primeira publicação onde o autor da imagem ou do texto faz o relato das escolhas feitas quanto a narrativa e personagens, do caminho até a publicação, de suas expectativas e a recepção do público, relacionados a essa primeira experiência.
Nessa 2ª edição do Painel, foi aberto espaço para escritores que participaram em 2012, retornarem para um novo relato: “Da primeira publicação até aqui, o que foi que mudou?”, constituindo assim, um olhar para a trajetória do autor de literatura infanto-juvenil.
Formato: composição de mesa com o nº de 07 autores e 1 mediador.
Cada autor terá o tempo de 10 minutos para apresentação seguidos de 05 minutos para perguntas do público.
Clientela: escritores, ilustradores, professores, bibliotecários e público em geral
Nessa 2ª edição do Painel, foi aberto espaço para escritores que participaram em 2012, retornarem para um novo relato: “Da primeira publicação até aqui, o que foi que mudou?”, constituindo assim, um olhar para a trajetória do autor de literatura infanto-juvenil.
Formato: composição de mesa com o nº de 07 autores e 1 mediador.
Cada autor terá o tempo de 10 minutos para apresentação seguidos de 05 minutos para perguntas do público.
Clientela: escritores, ilustradores, professores, bibliotecários e público em geral
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Nossos autores com lançamentos na 59ª Feira do Livro
Escritora Gláucia de Souza convida
Escritor Péricles de Cenço e ilustradora Carla Pilla convidam
Escritora Maíra Suertegaray convida
Escritor Marion Cruz e ilustradora Patrícia Langlois convidam
A escritora Viviane Juguero
e a ilustradora Monika Papescu convidam
Escritor e Ilustrador Hermes Bernardi Jr. convida
Escritora Rosane Castro e ilustradora Monika Papescu convidam,
Escritora Fernanda Pedrazzi convida
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Projeto acontece na Casa de Cultura Mário Quintana
Aconteceu
ontem, dia 05, o evento programado pela 1ª CRE na Casa de Cultura Mário
Quintana.
A AEILIJ
teve o lançamento da Exposição de Ilustrações e Minibiblioteca Itinerante, que
veio acontecendo nas escolas estaduais desde março deste ano, mais uma vez
apresentado pela Patrícia Langlois, coordenadora do projeto “Tecendo Histórias,
Traçando Ideias” e pela Jacira Fagundes, da AEILIJ- Regional RS.
Presentes, coordenação
da 1ª CRE, diretores e professores das escolas envolvidas no projeto e autores de
LIJ – Leila Pereira e Jorge Martins.
O Projeto
traz a público, no 5º andar da Casa de Cultura, espaço Sapato Florido, além das
ilustrações e exposição dos livros da Biblioteca Itinerante – belíssimos trabalhos
das escolas, resultantes do projeto.
As escolas e
o público em geral, estão convidados a visitar a exposição, assim como apreciar
e ler os livros que se encontram no expositor cedido pela Biblioteca Lucília Minssen.
O Projeto “Tecendo
História, Traçando Ideias” terá encerramento no dia 06 de novembro, na 59ª
Feira do Livro.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Notícia do Encontro da AEILIJ
Embora
a chuva e o frio persistentes
conspirando contra, na noite de 27/08, ocorreu com ótima audiência e
participação, o Encontro programado para
associados e convidados da AEILIJ- Regional RS.
Nosso
palestrante – Prof e Dr. Marcelo Spalding – conduziu o tema proposto:
"As
novas tendências para a literatura infantil e juvenil. O que acena o futuro quanto
ao livro físico ou digital.”
Tema instigante e atual, que foi conduzido
com o relato da vasta experiência no campo da tecnologia, apresentação de vídeo
de livros digitais, informações relevantes e muita interação com o público.
Interessante e peculiar foi a forma como o
palestrante foi desmembrando o tema, destacando palavras e levantando questões
vinculadas a cada termo, tais como: tendência, futuro,
livro físico e livro digital.
A
AEILIJ cumpre assim, mais uma programação de interesse de seus associados, no
sentido de trazer, sempre que possível, a informação e discussão de temas pertinentes a
LIJ.
Fica
o agradecimento ao palestrante Marcelo Spalding e aos associados e convidados
que se fizeram presentes, prestigiando o encontro.
sábado, 17 de agosto de 2013
O Tecendo Histórias faz apresentação de Exposição e Minibiblioteca Itinerante na última escola do Projeto
O Projeto Tecendo Histórias, Traçando Ideias encerra, com o Colégio Estadual Paula Soares, a série de instalações da Exposição e Minibiblioteca Itinerante da AEILIJ- Regional RS.
Um belíssimo trabalho de parceria da 1ª CRE e AEILIJ - Regional RS junto a 11 escolas estaduais.
Mas o Projeto não termina aqui.
Em setembro teremos nova exposição na casa de Cultura Mário Quintana.
Aguardem!
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
Encontro AEILIJ - Regional
Vem aí um novo encontro da AEILIJ- Regional RS.
Associados, agendem-se.
Compareçam, prestigiando sua associação.
Encontro AEILJ-Regional RS
A
AEILIJ – Regional RS realizará, na data de 27 de agosto, das 19 às 21h, um novo
Encontro com os associados.
O
convite é aberto a associados e convidados.
A
Biblioteca Lucília Minssen, parceira da AEILIJ, cedeu a sala Lili Inventa o
Mundo para o evento.
Na
pauta, relacionados:
- Assuntos gerais
-
Atividades da AEILIJ agendadas para a 59ª Feira do Livro de Porto Alegre- por
Hermes Bernardi Jr. e Jacira Fagundes
-
"As novas tendências para a
literatura infantil e juvenil. O que acena o futuro quanto ao livro físico ou
digital.” - Palestra proferida pelo Prof. Dr. Marcelo Spalding
sábado, 3 de agosto de 2013
AEILIJ traz o prazer de um novo VICE-VERSA
Duas novas associadas abrem o vice-versa neste 2º semestre - Martina Schreiner e Liza Petiz. Seria entrevista entre duas ilustradoras, não fosse uma delas, também escritora.
Martina está na estrada já de algum tempo. Designer, projetista, escritora e
ilustradora de livros de própria autoria e de outros tantos.
Liza vem
conquistando espaço no campo da
ilustração na literatura infantil e juvenil. Não mais uma promessa, ela vem se reinventando
com muito profissionalismo.
Vejamos o
que esta dupla de profissionais tem a nos dizer de seus trabalhos e de suas
trajetórias artísticas.
Martina pergunta.
Liza responde.
Martina - Ilustrar é um sonho antigo ou uma descoberta recente? Como surgiu, na tua vida, a vontade de ilustrar? E como essa vontade virou realidade?
Liza - Sou
filha de um artista plástico e convivi com as Artes Plásticas desde criança,
portanto sempre fui apaixonada pela imagem. Decidi trabalhar com arte educação
e dividir com as crianças a magia que as imagens despertam em mim. Neste
momento comecei a pesquisar a literatura infantil e descobri este universo
maravilhoso, passando a usar a ilustração como referência nas minhas
aulas. Criar imagens, ilustrações, foi
um sonho que comecei a cultivar há dez anos, mas só em 2011 coloquei as minhas
ideias em prática e iniciei o meu trabalho como ilustradora. Meu sonho virou realidade com a publicação do
livro Assombros Juvenis, do qual participei junto com outras quatro autoras.
Esta oportunidade foi muito importante e me deu segurança para começar uma nova
carreira. Atualmente divido meu tempo como professora, coordenadora pedagógica
de Educação Infantil e ilustradora.
Martina - O
contato com as crianças em sala de aula influencia teu trabalho como
ilustradora? Como?
Liza - O
contato diário com as crianças me renova sempre, alimenta o meu olhar sobre o
cotidiano, o senso de humor e com certeza influencia o meu trabalho como
ilustradora. Procuro criar imagens que sejam diretas, simples e coloridas,
assim como são os desenhos dos meus alunos. Observar as suas criações
espontâneas e recheadas de criatividade é a minha maior inspiração. Algumas
vezes troco ideias com as crianças a respeito do que desejo criar, eles me dão
dicas e me ajudam a refletir sobre o que é essencial na imagem.
Martina - E no caminho inverso, teu trabalho como
ilustradora influencia o trabalho como professora? Como?
Liza - Também
interfere e de forma muito positiva, primeiro porque a literatura é base do meu trabalho. Toda vez que compro um livro
novo, levo para a sala de aula e mostro para as crianças. Procuro mostrar a
elas o universo variado, em termos de imagem e texto que encontramos hoje; oferecendo
referências que fujam aos estereótipos, propagandas e personagens da televisão.
E depois, a minha pesquisa com a ilustração e a minha parte leitora, me tornam
uma pessoa mais sensível, aberta e motivada a compartilhar com os alunos um
mundo em que tudo é possível e que alimenta os nossos sonhos e desejos, que é a
literatura como um todo.
Martina - Tu
costumas usar bastante colagem e um mixe de materiais. Como funciona o teu
processo de trabalho? Como tu escolhes a técnica, de onde surgem tuas ideias?
Liza - Acredito
que minha técnica será sempre mista, pois gosto das texturas, dos relevos, de riscar
em cima da tinta, sobrepor figuras e materiais. A colagem também é uma opção
que me permite brincar com a composição até chegar ao resultado final.
As minhas ideias vem do universo infantil que faz parte
do meu dia a dia e também das artes plásticas. Gosto muito de ilustrações com
cores suaves e monocromáticas, mas quando começo a elaborar minhas imagens, as
cores gritam. Não consigo fugir do colorido, dos contrastes, o que remete a
artistas do cubismo e impressionismo, que me encantam demais.
Martina - Se aparecesse uma fada madrinha ou uma lâmpada
mágica e te oferecessem o trabalho dos teus sonhos, como ele seria?
Liza – As histórias que mais me
dão prazer acontecem em cenário medieval, então me realizaria ilustrando uma
história com castelos, princesas, reis, dragões, elementos fantásticos que são
os meus favoritos até hoje. Venho pensando muito em fazer um livro com texto e
imagem criados por mim, esse no momento é o meu maior sonho.
Liza pergunta. Martina responde.
Martina - Pois eu sempre digo que virar ilustradora
aconteceu meio por acaso. Eu estava insatisfeita com o meu trabalho como
publicitária. Então resolvi resgatar o prazer no desenho, que havia sido o
grande motivador da minha escolha profissional, e que parecia perdido no meio
de tantos trabalhos publicitários descartáveis.
Numa dessas experiências eu e
uma amiga acabamos fazendo um protótipo de um livro infantil. Eu não fazia a
menor ideia de como o mercado editorial funcionava, mas resolvemos arriscar.
Enviamos o trabalho para várias editoras e, depois de várias experiências
frustradas, fui chamada para ilustrar o meu primeiro livro.
Liza - Por que a escolha pela literatura infantil?
Martina - Eu sempre fui uma ávida leitora de literatura
infantil, mesmo depois de adulta. Mas talvez o
fato de eu ser designer tenha contribuído nessa escolha, já que os
livros para crianças são um espaço onde se pode exercitar com muita liberdade a
comunicação e expressão visual.
Liza - De onde vem tua inspiração, tuas referências para
ilustrar?
Martina - Eu acho que as ideias estão no ar, nós só
precisamos encontrar. Para ter inspiração basta prestar atenção, estar aberto
ao que o mundo nos conta e mostra. São infinitas as possibilidades.
A questão
das referências é um pouco mais complexa. Eu gosto de deixar a memória
estabelecer as regras. Mas sabe como é, não podemos confiar cegamente na
memória, ela nos prega peças. Então eu prego peças na memória: busco
referências aleatórias, coleto coisas sem nenhuma ligação com a história, pra
fundir com o que eu já tenho e quebrar a imagem pré-concebida da qual quero me
descolar.
Tem
alguns casos em que eu faço uma pesquisa iconográfica de fotos ou objetos. Por
exemplo, em “O Rei roncador”, eu usei vários baralhos diferentes como modelos, para,
a partir deles, definir os personagens. Mas isso pra mim não é referência, é
modelo mesmo.
Liza - Nos teus trabalhos como escritora e ilustradora,
o que vem primeiro, a imagem ou o texto?
Martina - O processo criativo é um tanto caótico e nunca
funciona de forma linear, pelo menos pra mim. Em “O botão branco” surgiu
primeiro uma imagem. Eu tenho a mania de antropomorfizar coisas. Fico
procurando bocas, olhos e narizes em maçanetas, torneiras, ferramentas e outros
objetos. Numa dessas brincadeiras, transformei um botão em uma carinha
sorridente, publiquei a foto no meu blog e considerei a ideia encerrada. A
história só foi surgir muito tempo depois. Já no “O rei roncador”, o texto
surgiu primeiro, e só depois de tê-lo pronto comecei a desenhar. De qualquer
forma, meu processo de criação é muito visual, e, mesmo que o texto surja antes
de tudo, inevitavelmente aparecem imagens na minha cabeça enquanto eu escrevo.
Liza - Tu te dedicas integralmente como autora ou
desenvolves outras atividades profissionais? Como é a tua organização/rotina de
trabalho?
Martina - Eu trabalho em casa. Meu despertador toca todos
os dias às 7h30. Levanto, faço café, leio jornal, respondo emails e resolvo
todas as pequenas pendências do dia, para poder trabalhar mais tranquila
depois.
Tento me
disciplinar para ter um final de expediente, parar de trabalhar no final da
tarde, mas isso é bem difícil. Com frequência desobedeço “as minhas próprias
ordens” e acabo trabalhando até tarde da noite ou em finais de semana.
Além de
ilustrar, eu trabalho como designer. Faço projetos gráficos e editoração.
Também faço ainda alguns trabalhos de comunicação institucional. Claro, eu
sonho em poder me dedicar exclusivamente aos livros em algum momento, mas isso
só o futuro poderá responder.
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
sábado, 29 de junho de 2013
domingo, 16 de junho de 2013
domingo, 9 de junho de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Maio lança Novo Vice-Versa
Neste vice-versa, apresentamos dois novos integrantes do quadro de associados da AEILIJ - a escritora Rosane Castro e o ilustrador Vladi Araújo.
Rosane é escritora, arte-educadora e contadora de histórias. Coordenou o espaço "QG dos Pitocos" na Feira do Livro de POA, por quatro anos. É a idealizadora do Seminário de Contadores de Histórias “Ao Pé do Ouvido”, na cidade de Cachoeirinha.
O infantil “Umas Formigas” é sua estreia na literatura.
Vladi é publicitário e ilustrador. Começou atuando no ramo publicitário e, em 2010, adicionou a suas atividades uma nova paixão – ilustrar livros infantis. Em “Umas Formigas”, divide com Rosane a autoria desta bonita obra.
Vejamos o que esta dupla de profissionais do livro tem a nos contar.
Rosane pergunta. Vladi responde
Rosane - Vladi, quantos livros você já ilustrou? Como iniciou sua carreira de ilustrador?
Vladi - Ao todo são 13 livros, além de outras publicações para o mercado publicitário.
Minha carreira surgiu aos 5 anos de idade, quando eu tinha um incentivo diário dos meus pais para o desenho, aquilo que até então era a contra-mão de um futuro de qualquer criança; aos 12 anos eu tinha convicção que iria trabalhar com arte. Aos 14 anos trabalhei com ilustração de mapas de cidade em uma editora na qual houve uma realização, uma vez que o trabalho digital com computadores e tecnologia era fascinante para qualquer adolescente.
Aos 16 anos, comecei a trabalhar em agências de publicidade, aonde por 13 anos tive uma participação direta na criação e construção de obras conhecidas no mercado publicitário. Durante esse período, em paralelo, criei, aos meus 21 anos um Bureau de Ilustração aonde comecei a trabalhar como fornecedor de ilustração e não só como criativo. Esse Bureau foi crescendo até se tornar um divisor de águas e eu montar meu primeiro estúdio de ilustração que levou meu nome até o final de 2012- Vladiaraujo Studio. Em 2010 surge a primeira oportunidade de trabalhar com obras literárias através da editora Nova Castelo, com a ilustração da coleção de livros Cantigas Contadas, uma séria inesquecível para mim e com certeza um dos trabalhos no qual entendi o real significado do meu trabalho naquela época.
Após essa série, surgiram outros trabalhos para outras editoras no qual pude exercer essa nova descoberta do mundo literário, até chegar em 2012 com o convite da editora Nova Castelo de ilustrar um livro muito especial para mim com uma jóia chamada Rosane Castro, uma parceira incansável na produção desse material, junto da nossa editora-chefe Leila Pereira.
Rosane - Você utiliza alguma técnica específica para criar suas ilustrações? Fale um pouquinho sobre ela.
Vladi - Sim, o começo é sempre no papel e na concepção desses personagens não em forma e sim em emoção: Que emoção esse personagem terá? Que outras situações esse personagem viveria através do roteiro que me foi passado? O que ele come? Que música ele gostaria? Essas e outras perguntas eu trabalho para montar a personalidade dos meus personagens.
Após isso vem a discussão com a autora sobre esses personagens e sobre esse mundo (contexto) criado para ele: Qual o real significado que queremos passar com o livro em sua ilustração?
Com isso, busco referências em diversos livros e internet e parto para a confecção dos personagens e cenários, tudo ainda no lápis e no papel.
Na etapa final, após a aprovação, eu parto para o Digital através do Programa de ilustração Photoshop e Illustrator.
Rosane - Quais foram os livros que marcaram a sua infância, e como você se relacionava com eles? Lembra das ilustrações?
Vladi - Me criei em um mundo onde não havia incentivo à leitura. Principalmente na fase infantil, me criei lendo notícias em jornais velhos e lendo livros didáticos da escola. Na adolescência, cultivei o gosto pela leitura de HQs clássicos, como Batman, Superman, entre outros, ainda na adolescência quis adquirir um conhecimento espiritual precoce com leituras de Paulo Coelho e as aventuras de Diário de Mago, O Alquimista, Brida entre outros.
Rosane - A nossa literatura infantil e juvenil é riquíssima.
O que você pensa sobre a produção das ilustrações no Brasil?
Vladi - O Brasil é reconhecido mundialmente como a 3ª maior produção de ilustração no mundo, ficando apenas atrás do Japão e USA, porém isso se dá a uma cultura POP que a menos de 20 anos é cultivada no País e que a cada dia o cenário artístico da ilustração brasileira tem alcançado seu espaço no mundo. O Brasil é moda, o Brasil é tendência, então tudo que é produzido aqui reflete isso com muita personalidade.
Rosane - Você está sempre produzindo muitas imagens, para livros ou para publicidade, onde você busca inspiração para as criações?
Vladi - Minha maior inspiração é sempre a vida, parece um papo default, mas tem uma verdade muito grande nisso, uma vez que o dia-a-dia das pessoas é tão rico e cheio de referências. Como exemplo, uso uma vez em que tinha que criar um personagem para o Livro Tereza. E no meio da discussão dos personagens, eu tinha elaborado uma personagem, loira, bonitinha, toda Europeia, Eis que minha esposa, na época disse: - Eu sempre imaginei que a Terezinha de Jesus era negra, e não branca.
Aquilo foi um divisor de águas no sucesso do livro, gerou um grande re-trabalho, uma vez que tínhamos pré-aprovado algumas páginas e teria que ser refeita, porém essa interpretação de um simples comentário fez com que eu arranjasse um novo grande significado para essa personagem.
Por fim, todo fato gera um significado maior ou menor, todo significado gera uma experiência e toda experiência gera uma emoção. No meu trabalho eu não vendo ilustrações, eu vendo emoções para as pessoas.
Vladi pergunta. Rosane responde.
Vladi - Rosane, qual a sua inspiração para criar os contextos e ambientes dos seus livros?
Rosane - Minha inspiração vem das observações que pratico no cotidiano. Sou muito observadora e sensível às pessoas, ambientes, objetos, músicas, etc... Tudo pode servir de motivo para que eu escreva uma história.
Vladi - Fazendo uma análise pedagógica, como você vê o incentivo à leitura de livros impressos, dos pais e da escola diante do surgimento de grandes tecnologias literárias (E-books, tablets app, widgets, etc)?
Rosane - Acredito que uma não deva isentar a outra. Ambas podem contribuir para a formação do leitor. Tanto o livro impresso, quanto o livro digital, devem ser acessados. Os pais e a escola são fundamentais no acompanhamento e incentivo ao hábito da leitura pelas crianças e jovens. Ler para e com os filhos, propor atividades dinâmicas e criativas sobre o livro literário na escola, pode fazer com que as crianças se interessem pela leitura e sintam prazer ao fazê-la.
Vladi - Qual o impacto social que você enxerga sobre o fato de nas escolas haver um maior incentivo à leitura e escrita digital do que no padrão impresso e escrito? Isso seria uma evolução natural ou existem perdas e ganhos?
Rosane - Não tenho certeza se há maior incentivo à escrita e à leitura digital. Visito muitas escolas durante o ano, e na maioria das escolas públicas ainda não é uma realidade a inclusão digital. Mas eu acredito que é um processo natural os alunos utilizarem mais a escrita digital para os trabalhos escolares. A era digital trouxe muitos benefícios para todos os campos profissionais e educativos, mas deve ser utilizada com cautela e com orientação de pais e professores. O que eu tenho observado é que com o uso da internet, a digitação (exigida nos trabalhos) acompanha o pensamento rápido, em contraponto, a escrita é mais demorada. Lembro que quando eu cursava a 4º série do ensino fundamental, eu escrevia no caderno de caligrafia e minha letra era mais bonitinha do que hoje. Acho que fui perdendo essa habilidade em função da digitação. Quanto à leitura, eu ainda prefiro os livros impressos. Adoro segurar nas mãos as histórias. É como se eu as carregasse no colo (risos). O impacto social é um processo que temos que acompanhar, visto que somos parte desse processo.
Vladi - Durante a adaptação da literatura para a contação de histórias, você utiliza outras referências externas para a criação e concepção de personagens e roteiro?
Rosane - A literatura escrita difere da literatura na oralidade. Na maioria das vezes, eu conto utilizando apenas o recurso da voz. Se o conto é literário autoral, procuro ser fiel ao texto. Quando necessário, mudo uma ou outra palavra para tornar o texto mais audível. Mas se o texto for poético, por exemplo, não tenho como modificar nada, nenhuma vírgula. Eu prefiro contos populares, recolhidos da literatura oral. Esses contos nos possibilitam uma maior interatividade com a história. De acordo com o contexto da história, o período histórico, os personagens, eu mudo para trazê-lo para uma realidade mais atual. Mas tudo depende da história e do que ela possibilita. Não dá para sair mudando tudo, colocar ou retirar personagens de um texto. O ideal é termos bom senso e responsabilidade com o texto.
Vladi - Para os projetos futuros, tu prevês uma adaptação da tua obra para os meios digitais ou para o meio teatral com uma significância maior?
Rosane - Estou iniciando a minha trajetória como escritora (ainda é tudo muito novo). Um dos motivos que me motivou a enviar meus textos para algumas editoras foi que um deles já estava sendo narrado por uma contadora de histórias em BH. Eu o havia publicado no meu blog e ainda não tinha pensado em publicá-lo em papel. Foi uma bela surpresa quando ouvi pela primeira vez a minha história e a pessoa ainda não me conhecia. Foi emocionante! Essa mesma história será adaptada para o teatro por um grupo de bonequeiros no Paraná. Espero ver meus textos publicados, lidos, contados, interpretados e porque não em e-books. Quem sabe, publicamos juntos, Vladi? (É um convite)
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