terça-feira, 25 de agosto de 2009

Editoras da França se opõem a projeto da Google

BERLIM - Depois de esbarrar na oposição de três gigantes do setor de tecnologia - Amazon, Microsoft e Yahoo -, o projeto da Google para digitalizar milhões de livros e colocá-los na internet - em análise pela Justiça dos EUA - encontra resistências também na Europa, por parte de editoras francesas, mostra reportagem do Globo nesta segunda-feira.

Associações de escritores na Alemanha, Áustria e Espanha planejam encaminhar ao judiciário americano argumentos contrários ao projeto. O prazo para recebimento de objeções é 4 de setembro, e a decisão final sobre o caso deverá sair em 7 de outubro, informou no domingo o "New York Times".

Amazon, Microsoft e Yahoo! estariam prestes a unir forças para se opor a um acordo que pode transformar o Google na principal fonte online para muitos trabalhos literários, criando a maior biblioteca virtual do mundo . As três devem se unir à coalizão Open Book Alliance, liderada pela organização sem fins lucrativos Internet Archive, que tem se oposto publicamente ao acordo firmado em 2008 entre o Google e editoras e autores e já digitalizou mais de 1,5 milhão de livros, tornando todos disponíveis de graça.

De acordo com Alain Kouck, diretor-executivo da editora francesa Editis, a segunda maior do país, a empresa não aceita o acordo fechado entre a Google e as associações de escritores e de editoras americanas, que permite à empresa de internet fazer cópias digitais de uma extensa lista de livros, inclusive de autores europeus. Após o acerto, feito no ano passado, a Google já digitalizou 1,5 milhão de livros. É este acordo que está sob análise da Justiça dos EUA.

A Google já é alvo de uma ação legal na França, movida em 2006 pela editora La Martinière, na qual alega que o projeto infringe direitos autorais. A Associação de Editores Francesa apoia a ação, que tem julgamento previsto para 24 de setembro deste ano.

Já no Reino Unido, onde muitas editoras têm fortes vínculos com os EUA, as empresas têm evitado confronto direto com a Google.

Fonte: O Globo de 24/08/2009

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